As agressões ao Coronel da PM de São Paulo é apenas mais uma materialização - desta vez nitidamente registrada - do sacrifício de policiais militares na luta pela manutenção da Ordem Pública. Isso tudo em nome de um Estado inerte diante de pungentes demandas sociais, que por mais que saltem aos olhos dos três poderes e do Ministério Público, nada, além de medidas pontuais e estanques, é feito para solucioná-las.
É evidente que o processo de escotomização pelo qual passa a sociedade brasileira tem contribuído e até potencializado algumas barbáries. Não há como negar que a censura e o regime ditatorial foram altamente nocivos ao Brasil, contudo, a gama de liberdades individuais conquistadas não podem nem devem ser sobrepostas aos interesses coletivos, mas é isso que está acontecendo.
Termos hoje sob a proteção da lei os direitos humanos universais e inalienáveis garantidos é uma grande vitória da humanidade, mas a interpretação que tem sido dada a ele pelas autoridades brasileiras é em muito diferente da que é feita pelos seus idealizadores: os Esatados Unidos da América. No Brasil os marginais ou quem comente um crime, mesmo preso, tem mais direitos que o todo social. Enquanto aquele exige regalias e é protegido por várias instituições governamentais e ONGs, esta vive reclusa atrás das grades das casas, dos condomínios, do medo.
Em nota à imprensa o Movimento Passe Livre repudiou a agressão ao Coronel - dias e dias depois do fato - mas disse claramente que apoia as ações de do patrimônio público e que elas vão continuar. Isso não deveria ser o suficiente para que medidas preventivas fossem tomadas contra estes tais lideres, no sentido de responsabilizá-los civil e criminalmente pelo que ocorrer. Não está na hora de o Estado privilegiar a coletividade? Garantindo a ele direitos básicos Constitucionais, a exemplo do direito de ir, vir e permanecer.
A febre das manifestações, que estouram a todo momento em todos os cantos do país, tem feito várias vítimas na coletividade. Recentemente, em Salvador, a avenida Suburbana foi fechada e um senhora que passou mal em um coletivo não pode ser socorrida, ela morreu. A mídia, o MP e o judiciário vivem a criticar a ação policial, pelo uso da força necessária: balas de borracha, spraies de pimenta, bombas de gás. Eles deveriam ir para o fronte e enfrentar pedradas, pauladas, garrafadas, coquetéis, xingamentos, entre outros, só com o diálogo, tal ato os credibilizariam a tecer críticas.
Jaguaraci Barbosa
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