O coronel da Polícia Militar de
Alagoas
, Ivon Berto, que foi exonerado do cargo de chefe do
Estado-Maior do Estado, após denúncias sobre ingerência polícia na
corporação, está preso no Quartel da PM, no centro de Maceió, desde a
noite de quinta-feira (7). O recolhimento administrativo foi determinado
pelo juiz José Cavalcante Manso Neto que alegou indisciplina militar.
Mesmo na prisão, o coronel falou com a reportagem do
G1
e afirmou ter ratificado em conversa informal todas
as denúncias que havia feito sobre influência política no comando de um
batalhão da PM. "Ratifiquei as denúncias e fiz duras críticas sobre o
Plano Brasil Mais Seguro. Então o juiz resolveu determinar a prisão",
contou.
Segundo o Ivon Berto, a prisão trata-se de um
recolhimento na sede da polícia. "Estou desde quinta-feira aqui na sala
do comando da PM. Meu advogado tomará conta do caso agora", afirmou.
O advogado de defesa do coronel, Welton Roberto,
afirmou que ainda na manhã desta sexta-feira (8) estará impetrando um
Habeas Corpus em favor do militar. "O Habeas Corpus é um dispositivo que
servirá para pedir a regovação da ordem de prisão e também para anular o
processo administrativo", disse.
"Vamos nos defender, ressaltando que não houve
nenhuma quebra de disciplina do coronel. E que uma denúncia de
ingerência administrativa deveria ser objeto de investigação na PM e não
de punição do denunciante", completou o advogado.
Entenda o caso
- Na entrevista ao jornal, o militar criticou o
programa Brasil Mais Seguro, processos de promoção e citou o episódio
que atribui ter resultado na substituição do comandante do 5º Batalhão
da PM, com sede no Benedito Bentes.
Segundo a denúncia, a mudança teria sido feita por
influência política, a pedido do vereador Silvânio Barbosa (PSB), que se
indispôs com o então comandante e teria dito, em um show no bairro, que
o trocaria. O vereador, o comandando da PM e a Defesa Social negaram
motivação política no episódio. Mas o Conseg determinou à PM que
retificasse a troca dos oficiais no 5º Batalhão.
G1
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