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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nilo sobre coronel que foi seu chefe de gabinete: foi questão de economia

Nesta semana, o site Bocão News divulgou com exclusividade uma denúncia sobre desvio de funções na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na qual são apontadas acusações contra o presidente, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), e outros parlamentares da Casa. À reportagem, o sub-tenente Evaldo Silva, apresentou diversos documentos e afirmou que policiais militares exercem outra função, cujo custo da atividade é pago com dinheiro público. Entre os cargos exercidos pelos PMs estão secretários de gabinetes, motoristas e seguranças particulares.

Na manhã desta quinta-feira (26), em conversa com o apresentador Adelson Carvalho, na Rádio Sociedade, Marcelo Nilo voltou a comentar o assunto. “O soldado manda para um coronel, manda para o capitão: ‘olha, vou viajar hoje e só volto quarta-feira’. Abandona o plantão. Viaja pra Brasília. E eu mantive isso por algum tempo, até em consideração ao deputado Tadeu, tentado articular. Mas chega ao ponto que infelizmente somos obrigados a tomar decisões. Eu sabia das consequências, que eles são muito próximos, tem realmente um corporativismo, que é normal. Mas minha consciência está tranquila”, diz.

Segundo a denúncia feita ao Bocão News, o coronel Yuri Pierre, atual chefe da Assistência Militar da Casa, montou um esquema em que quase 40 policiais, dos 63 que atuam na ALBA, trabalhariam em desvio de função. Na oportunidade, Nilo negou que a atuação do coronel Yuri no gabinete dele, enquanto Evaldo alega que “extraoficialmente” o chefe da Assistência Militar atua com o pedetista.

“Coronel Yuri é chefe da assistência militar da Alba. Há quatro anos ele ficou provisoriamente como chefe de gabinete até eu nomear um. Até porque por questão de economia, eu estava em um período de concessão de despesas, não podia contratar. Meu chefe de gabinete é Salomão, que está comigo há mais de 20 anos”, dispara.

Ao final da conversa, o presidente lamentou o fato. "Eu fico realmente triste quando ocorre um fato desse. As entidades fizeram um manifesto. Respeito o vereador Prisco, não tenho nenhum problema pessoal com ele. Infelizmente, na vida a gente tem que tomar decisões. Quando eu chego em qualquer lugar os PMs sempre me trataam com respeito porque eu tenho muito respeito pela categoria. Todos os projetos que chegam na Assembleia de manhã são analisados de tarde". 

Bocão News

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