Segundo as investigações da polícia, os mortos faziam parte de um grupo de traficantes de uma quadrilha da região da Engomadeira
O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, afirmou nesta sexta-feira (3) que a polícia investiga uma suspeita de que enterro de algumas das 12 pessoas mortas em ação da polícia no Cabula tenha sido pago pelo narcotráfico. "São vários áudios mostrando que eles eram envolvidos com o crime, inclusive tendo seus enterros custeados pelo próprio narcotráfico", diz Barbosa.
A polícia tem informações, registradas em áudio, de que um traficante da Engomadeira se ofereceu para pagar o enterro dos suspeitos mortos na Vila Moisés. Os nomes dos suspeitos que teriam tido os sepultamentos financiados pelo crime não foram divulgados.
Segundo as investigações da polícia, os mortos faziam parte de um grupo de traficantes de uma quadrilha da região da Engomadeira, liderada pelo bandido, conhecido como Márcio Barraco e seu comparsa Maurício Cavalcanti, ambos com mandado de prisão em aberto. Eles comandavam um ponto de venda de drogas na região da Estrada das Barreiras e já eram investigados pelo Departamento de Narcóticos da Polícia Civil.
Em áudio obtido através de interceptação legal de ligações, a polícia obteve registros que mostram traficantes garantindo o custeio dos enterros e lamentando a morte dos envolvidos na ação policiail. Em outra ligação, eles relatam intenção de realizar ataques a bancos.
“Os laudos comprovam a versão apresentada pelos policiais. Além disso, deixam claro que não há qualquer indício de execução, como tiros à curta distância, ou relatos de disparos isolados”, diz Maurício Barbosa. O laudo mostra que houve três confrontos entre os grupos, em pontos diferentes.
O inquérito tem 59 laudos e 2512 páginas. A conclusão da polícia difere da versão do Ministério Público da Bahia. No dia 12 de maio, o Ministério Público Estadual (MPE) concluiu, em investigação própria, que houve execuções na operação policial realizada pela Rondesp. A apuração, concluída na sexta-feira (12), foi baseada em depoimentos e laudos periciais.
Correio da Bahia
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