A paralisação dos praças foi encerrada na noite desta terça-feira (8), de acordo com a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Os praças decidiram aceitar aproposta apresentada pelo Governo do Estado nesta terça, em assembleia realizada entre os manifestantes no 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
“A assembleia aceitou todas as propostas do Governo. Também conseguimos a anistia das prisões preventivas decretadas, a não retaliação administrativa dos manifestantes e a substituição do comandante do 6º Batalhão. A categoria está satisfeita” disse o subtenente Serra, da Associação de Cabos e Soldados.
Serra afirmou ainda que o reajuste salarial será discutido a partir do próximo dia 15 de abril, quando será aberta uma mesa de negociações entre os militares e o Governo para debater a criação do projeto de lei que deve equiparar o vencimento dos praças com o dos oficiais a partir do ano de 2015. Serra disse ainda que representantes da categoria assinarão na manhã desta quarta-feira (9) o acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
A Segup informou que ainda não foi comunicada oficialmente a respeito do fim da paralisação. O comando da Polícia Militar informou que também não foi comunicado, mas o funcionamento dos Batalhões de Polícia já estaria se normalizando durante toda a terça-feira, na capital e em alguns municípios do interior do estado.
Entenda o caso
As manifestações dos praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros reivindicaram a isonomia salarial entre soldados e oficiais, que tem reajuste estimado de 11% em 2014. Segundo o governo, os policiais já receberam gratificações que chegam a superar o aumento dado aos oficiais.
Desde o dia 3 de abril, policiais mostram sua insatisfação com relação a política salarial do estado. O grupo impediu a saída de viaturas do 6º Batalhão da PM, fechou a rodovia BR-316 por 10 horas e chegou a agredir equipes de reportagem. Por conta desta conduta, o promotor militar, Armando Brasil, pediu a prisão de 43 manifestantes. A justiça ainda não se manifestou sobre os pedidos de prisão.
G1
Quando será o dia em os governadores negociarão de forma pacífica com os servidores públicos, sem que haja necessidade de paralização? Será que é tão difícil assim? A marginalização do servidor, parece ser a única saída.
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