Na manhã desta quinta-feira (15), a assessoria do vereador Marco Prisco (PSDB), preso pela Polícia Federal, recebeu alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade Coronariana do Hospital de Base, em Brasília, na noite da última quarta-feira (14), e foi levado algemado para o Hospital Regional Asa Norte, na Papudinha.
Os agentes algemaram o vereador em uma maca, depois de ordem de uma delegada do Depen. A atitude foi questionada por advogados do vereador que informaram da desnecessidade do uso por se tratar de acusado que não oferece risco e está comprovadamente debilitado, de acordo com laudo do próprio corpo médico do Hospital de Base.
De acordo com a advogada Marcelle Maron, o uso de algemas só é lícito em casos de "resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepecionalidade por escrito". "O vereador está debilitado. Passou por um cateterismo e nunca ofereceu risco, mesmo enquanto sadio. A atitude trata-se de excesso e cabe responsabilização, segundo súmula vinculante do próprio Superior Tribunal Federal", reclamou a defensora. Até a madrugada de ontem, o edil continuava algemado a maca no HRAN.
Entenda o caso
Ainda segundo a jurista, o quadro clínico de um dos líderes da greve da Polícia Militar na Bahia ainda requer cuidados e ele não tem previsão de alta médica, conforme análise de médicos do Hospital de Base. "Ele emagreceu 15 quilos e ainda apresenta quadro de depressão. Por conta da depressão, se recusa a comer e a beber", afirmou a advogada.
Prisco passou mal, no último sábado à noite (05/), depois de sofrer ameaças de morte por internos do Presídio Federal de Papuda, que acreditavam ter o vereador sido responsável por passar informações a agentes federais.
O mesmo vem passando por uma série de exames, após a médica da Unidade Pronto Atendimento (UPA), Fernanda Ribeiro, tratar o caso como infarto e ele ser transferido ao Hospital Base, em Brasília. Apesar do infarto ter sido descartado pela Secretaria de Saúde de Brasília, exames tem demonstrado problemas cardíacos que resultaram na decisão do corpo médico em submete-lo ao procedimento cirúrgico cateterismo.
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