Não podemos esquecer, dos constantes embates entre policiais militares e uma minoria de baderneiros do Exército durante o carnaval, situação a qual as autoridades têm feito vista grossa. Não se pode esquecer, também, que os governos Federais e Estaduais, liderados por Jaques Wagner, com o Exército sitiaram, entrincheiraram, e atiraram contra os policias militares da Bahia, durante o movimento reivindicatório, da PMBA, em fevereiro deste ano.
É claro que eles, militares do exército, gostaram, pois são (as forças armadas) o pior investimento do estado em segurança. Para constatar, basta observar como estão nossas fronteiras, tomadas por tráfico de armas drogas e produtos ilegais, há quem diga que tal situação não é de segurança nacional. E o cidadão o que acha?
Durante o movimento da PMBA, certo jovem de 19 anos, fuzileiro naval, questionava-me: O que faz um PM para querer ganhar mais que um fizileiro? Então lhe perguntei qual o grau de risco de morte que vocês correm ao sair para o trabalho? E durante a folga? Qual foi o último colega seu que morreu no fronte? Quantos morreram este ano? O noticiário policial arrebata a atenção de sua família quando trata de confronto com marginais? Após segundos sem palavras ele disse não tinha olhado por esse lado, calou.
Tanto treinamento, armamento pesado, alto custo de manutenção e inércia quase total, a não ser por lavar e relavar chão, pintar e repintar paredes, passar roupas, engraxar coturno, participar de algumas obras públicas, a exemplo da transposição do Rio São Francisco, tirando a oportunidade de trabalho de milhares de famintos locais. A Cezar o que é de Cezar! A despeito do cunho político eleitoreiro, uns gatos pingados participam de missões como a do Haiti.
Certamente outros problemas de igual natureza e talvez de proporções muito maiores venham a acontecer entre as instituições, visto que de um lado temos pais de família, que varam a madrugada entre becos e vielas defendendo o pão e a própria vida e do outro uma tropa, em sua maioria de jovens, frustrada por causa de suas atribuições funcionais e prestigio no cenário nacional.
Todos esses vetores, que corroboram para o atrito entre as corporações, é apimentado por um toque apimentado e destruidor de vaidade. Ele não permite ao agente uma simples identificação, o que o torna um cidadão como qualquer outro e, portanto deve ser conduzido para averiguação. O fato, assim como tantos outros, será abafado por autoridades e instituições, mas jamais esquecido por quem sofre suas consequências. AS TROPAS e a sociedade.
Jaguaraci Barbosa