A corrida desenfreada por audiência tem deixado “o quarto poder” de cabeça para baixo! Há hoje na Bahia um grande número de Verdadeiros pasquins, nos mais diversos tipos de mídia, que para alcançar seus objetivos financeiros e de consumo, denigrem sem qualquer escrúpulo instituições e pessoas da sociedade.
Uma das mais novas pérolas foi a manchete do Correio da Bahia desta terça-feira (6-9), “Polícia Bandida”, que não só condena previamente dois policiais, como lançar no “rol dos culpados” o nome de mais de 45 mil policiais, que todos os dias expõem as suas vidas em defesa da sociedade e certamente são o único braço do Estado a ser encontrado pelo cidadão nos 417 municípios 24 horas por dia.
É fato que há policiais de má índole, assim como médicos, advogados, políticos e até religiosos, todos extraídos entre cidadãos da sociedade e como tais passíveis de punição, respeitados os princípios legais da ampla defesa e do contraditório. Normalmente isso não acontece, visto que a própria imprensa, acusa, julga e dá o veredito prévio, abraçado pela sociedade que ainda confia na imprensa.
Já na edição online do mesmo dia, o jornal expõe uma foto de Peter Tosh em meio a uma verdejante plantação de maconha e faz referência ao relançamento de um dos seus álbuns. É! A imprensa está de cabeça para baixo! A visão dos caminhos trilhados pela imprensa baiana é deprimente para quem não depende só dela para se informar, pois a vê criticamente e percebe que assim como muitos do universo político, não sabe o que fazer com tanto poder nas mãos e pratica injustiças incorrigíveis.
Policial e jornalista, sinto-me a vontade para criticar ambos os seguimentos sociais, pois mesmo certo de que a imprensa, além de ser “o quarto poder”, é capaz de submeter os demais, vivo envergonhado pela sua postura antiética e irresponsável na condução de vários fatos sociais. A matéria POLÍCIA BANDIDA causou uma imensa repulsa no seio da tropa, pois, em sua esmagadora maioria, é formada por homens e mulheres, cidadãos, pais e mães de família de conduta ilibada.
Comentário: Tenente Coronel André sobre o texto "Em Nome da Audiência"
