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sábado, 19 de agosto de 2017

Srs Magistrados, Promotores e demais serventuários da JUSTIÇA BRASILEIRA


Neste momento, gostaria de me colocar diante das palavras do Mui Meritíssimo *Dr. Juiz Sandro Augusto*, nobre integrante da honrada Associação dos Magistrados de Alagoas, mas não o farei em ilações ou mesmo, de forma arrogantemente irônica, desqualificando qualquer classe profissional, em respeito aos homens e mulheres sérias que desenvolvem o sacerdócio de trabalhar em favor de uma Justiça que, cada vez, se apresenta mais utópica.


Primeiramente, lamento a falta de respeito do douto juiz, ao se referir aos meus nobres companheiros POLICIAIS MILITARES, de onde quer que sejam, classificando-os de "palhaços", por manifestarem em vídeo o inconformismo diante do desfazimento de seus trabalhos, uma vez que são eles próprios, enquanto policiais, que são cobrados pela sociedade em face da grande violência que solavanca o país. 

Em segundo plano, o Exmo. Sr. Dr. Juiz engana-se profundamente em crer que apenas uma pequena parcela de nossa classe profissional lamenta e enxerga de forma extremamente negativa as Audiências de Custódia determinadas pelo CNJ, eis que, na verdade, somos uma maioria esmagadora...seguida, de perto, de uma grande multidão de brasileiros que sofrem recorrentemente os augúrios da roda viva escarnecedora da impunidade, retroalimentada por decisões despautadas da realidade criminal factual e fatídica.

De fato, não nos compete arguir ou contrapor as decisões pela confirmação do trabalho policial (de ponta) em sede de competência judicial, posto que são os Srs a Palavra Final e irremediável.

Mas, por certo, somos cidadãos comuns mais pertos do povo e passamos pela mesma sujeição às ações cada vez mais violentas dos que entram e rapidamente saem do Sistema Prisional (ou mesmo dos que sequer entram), do que aqueles como a Vossa Excelência Dr. Sandro Augusto, que , ao que parece, do frio de seu gabinete ou de seu carro blindado e seguranças particulares (muitos providos gratuitamente pela Força Pública escarnecida pelas tristes colocações), não se afeta e pouco se importa em prover a continuidade do trabalho policial, encarcerando o necessário debate com extremismo autoritário, digno dos que pouco detém argumentos.

No entanto, me preocupa mais ainda constatar a distância em que alguns representantes da Justiça se colocam das questões de Segurança Pública.



Na maioria das oportunidades, a confirmação da prisão de um criminoso representa a continuidade do trabalho policial. A esperança que o dissabor da persecução penal desestimule a prática criminosa e sua reiteração. É o salário a ser pago pela violação à norma penal posta. É um ato de Vitória para nós, Policiais, retirarmos um criminoso do seio social, mas que agora sequer conseguimos chegar ao meio do campo com essa sensação, para não falar daqueles que já tombaram em confronto com criminosos libertos nesse tipo de decisão.

E a indiferença do Conselho Nacional de Justiça para essas questões que afligem a TODO BRASILEIRO COMUM é uma realidade devastadora.

Em resumo... ninguém gosta de retrabalho!
Estamos ENXUGANDO GELO E SENDO COBRADOS POR UMA SOLUÇÃO!!!
Se há necessidade de análise do trabalho policial para confirmação ou não de uma prisão em flagrante delito, que venha o CNJ para as nossas Delegacias, ou conhecer, de perto, numa viatura policial, o risco de nossa classe profissional em lidar com o espúrio social...REITERADAS VEZES!!!

Mensagem de whatsapp Maj PMPE

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