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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A farsa da pacificação no Rio de Janeiro

Gen Bda Paulo Chagas

Caros amigos, repito... Somente a dissuasão pode assegurar o estado de paz, ou, quando em guerra, a destruição física do inimigo e sua completa submissão à vontade do vencedor.

O que tem ocorrido no Rio de Janeiro, com relação à Segurança Pública, a partir da adoção de uma estratégia “pacificadora” é a admissão da existência de um estado de guerra, ou seja, se buscamos a paz é por que estamos em guerra!

Se é um estado de guerra, há que se definir judiciosamente, com clareza e precisão, os objetivos a serem conquistados e os meios a serem empregados para fazê-lo, inclusive os equipamentos e as estratégias convenientes para VENCER e estabelecer a paz em bases definitivas.

O que se tem visto é a negociação de um “clima de paz” em bases frágeis de garantias dissuasórias, isto é, em condições que asseguram a manutenção dos interesses dos criminosos.

As restrições impostas ao procedimento das tropas, por intermédio de “Regras de Engajamento Politicamente Corretas”, beneficiam o inimigo na medida em que tolhem o poder de combate das forças do bem e evitam a necessária destruição do mal!

Para negociar a paz, ou “pacificar”, é preciso, antes de tudo, subjugar, derrotar e, se necessário, destruir o inimigo e, com ele, todos os seus aliados e apoiadores, aí incluídos os dirigentes políticos cuja interferência no processo visa a garantir as “condições de trabalho” do inimigo!

A ação da Polícia e do Exército no Rio de Janeiro é, portanto, “negociadora” e não “pacificadora”, porquanto não tem por objetivo impor-se aos bandidos, mas, isto sim, negociar com eles uma conciliação ótima entre a segurança da população e a lucratividade do trabalho criminoso.

Considerando que não há qualquer lógica, ou princípio moral e ético, em negociar com criminosos, não há porque imaginar que isto seja uma solução. Portanto, enquanto esta guerra não for tratada como guerra, não haverá a paz que queremos, ou pior, continuaremos a negociar sob as condições do inimigo e a pagar com vidas de civis, policiais e, agora, também, de soldados do Exército a simulação hipócrita de um clima de paz e acabaremos por ser moralmente derrotados, como, parece, nos demonstra a morte do Cabo Michel Augusto Mikami, abatido como pato de tiro ao alvo, como muito bem definiu o editorial do site Defesanet!

Mantidas estas condições, circunstâncias e conseqüências, corre-se o risco de estarmos a estimular os bandidos de outras regiões e movimentos revolucionários ditos sociais a criar mais áreas liberadas como as que existem no Rio de Janeiro

As Forças Armadas brasileiras têm sobejas condições e competência para, a seu modo e sem as adaptações e distorções que se impuseram às normas legais de seu emprego, resolver este impasse, porém, enquanto imperar o desinteresse político ou o medo de assumir a responsabilidade “politicamente incorreta” pelos efeitos colaterais de seu emprego, o Brasil não vencerá esta guerra e não encontrará a paz que as autoridades políticas dizem que procuram.

É o que penso e temo e, por isto, torço para estar errado, apesar de todas as evidências a meu favor!

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