Estive no mês de março de 2012, na cidade de Bogotá, capital da Colômbia. Local alto e frio, pois lá é inverno nessa época. A cidade fica a mais de 2.400 metros de altitude, com muitos prédios de tijolinhos vermelhos a vista e as suas ruas têm largos passeios, com ciclovias e boa sinalização. Passar a olhar a forma e os costumes de uma cidade é interessante. Bogotá tem mais de oito milhões de habitantes, é uma cidade cercada de altos morros. A influência da cultura espanhola é marcante.
Não fui a turismo, mas nunca deixo de olhar os hábitos e pontos turísticos da cidade, como o Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, - que é uma bela Virgem Negra - que oferece uma alta e bela visão da plana cidade. A Catedral do Sal de Zipaquirá, que era mina de sal e passou a ser um local religioso com uma enorme visitação.
Não fui a turismo, mas nunca deixo de olhar os hábitos e pontos turísticos da cidade, como o Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, - que é uma bela Virgem Negra - que oferece uma alta e bela visão da plana cidade. A Catedral do Sal de Zipaquirá, que era mina de sal e passou a ser um local religioso com uma enorme visitação.
Outro ponto de bom gosto para visitação é o Museu do Ouro, onde encontramos peças feitas a centenas de anos antes de Cristo. Historicamente é um museu muito rico de peças bem feitas em ouro.
Não vi meninos sozinhos nas ruas ou guardadores de carros. Foram vistos alguns mendigos, mas o guia pediu para que não déssemos moedas, para não incentivá-los! Como ficamos perto de universidades, encontramos jovens fumando muito pelas ruas.
O run é uma bebida muito consumida em Bogotá, mesmo tendo bons uísques importados a preços 50% mais baratos dos daqui. Os destilados aguardentes são vendidos em embalagens longa-vida, como se fosse leite pasteurizado.
Os bares e boates fecham todos os dias as duas da madrugada, enquanto as “bibocas” do centro da cidade, que vendem lanches, bebidas, cigarros e alugam os minutos dos celulares, fecham às 23 horas. O controle é rígido dos horários dos estabelecimentos e está comprovado por eles que esse é um fator motivador para a redução da violência nas cidades. Aqui já temos esse exemplo em algumas cidades e deveria ser ampliado!
Presenciei um congestionamento que me fez lembrar as ruas de Salvador. O trânsito é caótico, pois não tem metrô e sim um sistema de transporte de via exclusiva para ônibus articulados e uma quantidade enorme de microônibus que trafegam pelas demais vias da cidade. Na minha saída, houve uma grande manifestação da população. Como o nosso, esse sistema de transporte é atrasado. Será que posso reclamar?!
Ah! Os táxis são novos, na sua maioria em carros pequenos, na cor amarela, com placas de identificação pintadas nas duas laterais e no teto do carro. Perguntei a um taxista o motivo das pinturas, ele disse algo em “portunhol” tipo: “é para evitar a clonagem e melhor identificar os veículos”. Os ônibus e caminhões também têm os números das placas de identificação afixadas nas laterais. Será que temos algo a aprender? Já aqui em Salvador, os ônibus não têm o nome da empresa na parte traseira! Podemos estender essa boa ideia para táxis e ônibus de Salvador.
A Polícia Nacional da Colômbia trabalha fazendo o ciclo completo, pois ela realiza o policiamento ostensivo, pericial e judiciária. Trânsito, serviço de alfândega, realização de escoltas/seguranças de autoridades federais, combate ao narcotráfico, terrorismo e o policiamento aéreo também é de competência desta Instituição. É uma polícia militarizada e encontra-se no mesmo nível das Forças Armadas, sendo subordinada ao Ministro de Defensa Nacional. Seu comandante é um General.
A sua farda é na cor verde musgo e todas as praças usam um distintivo de metal, no peito esquerdo com sua numeração. Atrás desse equipamento, tem um “chip”, que facilita a sua localização, através do “GPS”! É uma forma de fiscalização se o policial cumpriu as suas missões dentro do quadrante ou em outra situação legal. A maioria dos policiais usa uma capa sintética verde clara, com seu número impresso na frente e na parte posterior.
Todos policiais usam os números das placas de identificação das suas motocicletas (viaturas policiais) nos capacetes. Essa regra é para todas as motocicletas de Bogotá. Não vi uma moto sem placa, inclusive as de 50 cc, que aqui em Salvador virou moda trafegar sem placa, com a aquiescência dos órgãos de trânsito. À noite, os motociclistas civis ainda usam um colete em “x”, com a placa da moto. É a cultura da legalidade e funciona!
O envolvimento nessa nova forma de fazer o policiamento comunitário, com a ajuda da população e dos diversos de defesa da sociedade, tem sido aprovado por todos, apesar da resistência dos que gostam do modelo velho, sem inovar nada, disse um policial na sua palestra para o nosso grupo.
Eles estão implantando, de uma forma bem adiantada os “quadrantes”, que são as bases comunitárias de segurança daqui de Salvador. Somente em um turno de serviço, colocaram mais de setecentos patrulheiros com motocicletas dentro de Bogotá.
Senti que a população respeita, aprova a nova, dura e legal forma de fazer segurança pública.
Com este texto não quero dizer que o tempo foi muito pequeno para relatar mais dados sobre o que vi, até porque eles têm lugares que ainda não foram saneados, que os “quadrantes” ainda não chegaram, mas é um país situado no mesmo continente do nosso, que viveu situações de anormalidades públicas bem diferentes de outros países, e que graças aos investimentos em segurança pública, avançaram muito em tecnologia, educação e prestação de serviço a comunidade. Assim, ainda deixo os sites daquela Corporação, que fez questão de bem receber o nosso grupo e dizer qual é o remédio amargo para a doença, chamada insegurança pública. Termino com o título: Colômbia, um modelo que podemos seguir?
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