Os leitores que estão acompanhando os noticiários da mídia nacional têm visto as denúncias de envolvimento de políticos de notoriedade com o contraventor Carlos Cachoeira, ao que parece, segundo as divulgações da imprensa, um poderoso lobista suprapartidário, que angariava apoio de políticos na defesa de interesses ligados ao jogo do bicho e às máquinas caça níqueis.
Governadores, senadores e deputados lidavam diretamente com Cachoeira, razão pela qual acaba de ser aberta uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional visando investigar o real teor dessas relações.
No estado de Goiás surgiram denúncias de envolvimento do ex-Comandante Geral da Polícia Militar, e outros oficiais, com Cachoeira, motivo pelo qual foi chamado para assumir a função um coronel da reserva. Segundo as denúncias, encabeçadas pelo Deputado Estadual Major Araújo, tenente-coronéis chegavam a pagar cerca de R$100.000,00 reais para que fossem promovidos a coronéis. O vídeo abaixo dá conta da confusão que está instalada no âmbito da PMGO:
Não é demais dizer que praticamente em todos os estados do Brasil a relação entre polícia, política e jogo do bicho é permeada por interesses escusos e perversos, uma vez que a ilegalidade dos jogos aliada a sua aceitação e prática social coloca a polícia como definidora do que será reprimido ou não.
Adicionando-se o fato de que a jogatina gera lucros substanciais a seus proprietários (como Cachoeira), tem-se o cenário ideal para o surgimento de propina e corrupção – que pode ocorrer em diversos níveis decisórios.
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