O Ministério Público estadual instaurou um procedimento investigativo preparatório para apurar uma denúncia sobre o concurso da Polícia Civil da Bahia. As provas para delegado, escrivão e investigador foram aplicadas no último domingo (5) em Salvador, Barreiras, Itabuna, Juazeiro e Vitória da Conquista.
A denúncia refere-se a duas situações. A primeira trata-se de um suposto extravio de um envelope com caderno de questões para o cargo de delegado. A outra fala do vazamento do gabarito da prova para o cargo de investigador.
A investigação está sob responsabilidade da 3ª Promotoria de Justiça de Assistência da Capital. A partir da apuração do caso, o MP vai decidir se instaura um inquérito civil ou arquiva o processo.
Em nota, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), empresa organizadora do concurso, diz que houve um erro gráfico na montagem do material da prova delegado em uma das salas, mas “assim que a situação foi detectada, os candidatos receberam material reserva de aplicação de prova. A substituição é um procedimento padrão em casos de problemas gráficos, como o citado”.
A empresa também informa que “não houve nenhum prejuízo aos candidatos e reafirma seu compromisso com a realização de certames seguros e isonômicos. Ressalta ainda que o processo de abertura dos envelopes de provas é acompanhado por candidatos, como forma de segurança e transparência”. O Cespe não foi notificado sobre possíveis problemas com gabarito.
Exame ginecológico para virgens
O concurso já havia causado polêmica por conta de um item do primeiro edital que dispensava o exame ginecológico para as mulheres com hímen integro. A candidata que não fizesse os três exames clínicos solicitados teria de comprovar que é virgem.
Após a repercussão do caso, o governador Jaques Wagner determinou que o ponto polêmico fosse removido. Um novo edital foi publicado com alterações no cronograma e sem a exigência dos exames ginecológicos.
O concurso preencherá 600 vagas de nível superior, sendo 100 para delegado, 100 para escrivão e 400 para investigador. A denúncia recebida pelo MP não altera o cronograma do concurso.
Correio da Bahia
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