A Polícia Militar da Bahia atuará em bases móveis de videomonitoramento para o enfretamento do crack em seis municípios baianos. A ação integra o programa do governo federal "Crack, é possível vencer!”, com ações estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. A medida foi anunciada na terça-feira (4), em reunião no auditório do Quartel dos Aflitos, com as presenças do comandante de Operações Policiais, coronel Nivaldo dos Anjos, e do coordenador do Policiamento Comunitário, tenente coronel Admar Fontes.
A iniciativa do plano insere estrategicamente os municípios brasileiros que possuem mais de 200 mil habitantes. Na Bahia serão instaladas nove bases, destas: três em Salvador; duas em Feira de Santana e uma nas cidades de Camaçari, Itabuna, Juazeiro e Vitória da Conquista. Na abertura dos trabalhos, o coordenador do Núcleo de Prevenção à Violência da SSP, major Elsimar Leão, apresentou toda a estrutura de funcionamento do programa, já pactuado em 13 Estados da federação e o Distrito Federal, destacando o modelo operativo das bases na capital e interior.
Para o funcionamento das bases móveis serão disponibilizados 180 câmeras de videomonitoramento; 9 viaturas; 18 motocicletas; 450 pistolas de condutividade elétrica e 1.350 espargidores (gás de pimenta). Além disso, cada base contará com um efetivo de 40 policiais militares com ações integradas aos agentes da polícia civil, servidores do departamento de polícia técnica e profissionais da Guarda Municipal e das Secretarias de Saúde do Estado e Município e Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
Com o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários, enfrentar o tráfico de drogas e as organizações criminosas, profissionais das diversas áreas inseridos no processo serão capacitados com os cursos: Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária; Redes de Atenção e Cuidados; e Abordagem Policial às Pessoas em Situação de Risco. O início das aulas está previsto para o dia 1º de julho deste ano.
Ao final do encontro, a representante da Secretaria Estadual de Saúde, Mirian Gracie, falou sobre a atuação da Rede de Atenção Psicossocial, importante nos serviços de atendimento e acolhimento aos usuários encaminhados para os Centros de Referência de Assistência Social (Cras); Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), e Serviços de Acolhimento para População em Situação de Rua (Unidade de Acolhimento). O encontro contou também com a participação dos oficiais da Polícia Militar que serão coordenadores e instrutores do programa.
Sérgio Cavalcante
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