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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Policiais se infiltram em reuniões do movimento, diz oficial da PM

Parabéns à imprensa por estar tão bem informada. Contudo, faltou perguntar e/ou divulgar o nome de tal oficial, que disponibilizou informações estratégicas. Será que teve autorização do comando da Corporação para fazer isso? Provavelmente deve ter avaliado o risco ao qual expôs os policiais que realizam a referida atividade, pois do contrário, é provável que o Comando Geral o identifique e responsabilize nos termos da lei, afinal, se fosse um praça certamente seria punido.                                         (Jaguaraci Barbosa)
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O serviço de inteligência da PM está participando  de reuniões dos grupos que organizaram as manifestações que, desde a semana passada, ocorrem na Bahia. Infiltrados nas reuniões que decidem os rumos das passeatas, eles estão filmando e fotografando pessoas identificadas como lideranças. A revelação foi feita por um capitão da PM à Agência Pública, agência de reportagem e jornalismo investigativo. 


Segundo a reportagem publicada ontem no site da agência (www.apublica.org), o oficial pediu para que seu nome não fosse revelado por temer punições do comando da corporação. Segundo o capitão, o acompanhamento dos movimentos pela Coordenadoria de Missões Especiais (CME), a central de inteligência da PM, começou a ser realizado antes mesmo do primeiro protesto em Salvador, dia 17 de junho.  

Policiais criaram perfis falsos no Twitter e Facebook e se infiltraram em grupos com o objetivo de obter informações sobre as manifestações, os locais das reuniões, o trajeto das passeatas e os possíveis líderes. “A gente busca saber quem é o líder, porque se ele for neutralizado o movimento perde a cabeça. Isso é estratégia militar para qualquer situação do gênero: a gente identifica para ter um norte na negociação”, explicou o oficial da PM.

Os infiltrados da PM atuam não apenas na investigação prévia, mas também durante os protestos. “Encontramos vários coquetéis molotovs. Fomos descobrindo isso na hora. Até porque, a manifestação surgiu pacífica”. O oficial disse ainda que os agentes de inteligência tentam influenciar os manifestantes. “Tentam identificar os pacíficos e sensibilizá-los para que eles mesmos retirem ou censurem os radicais”.

Correio da Bahia

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