Capitão Tadeu sofre ameaça velada por apoiar movimento da PMBA: VIVA À DEMOCRACIA

GREVE da PM: 'Eu mandei dizer ao governador que eu não sou boneco, para me afastar e ficar calado', diz Capitão Tadeu

No início da tarde desta sexta-feira, 3, o programa Na Boca do Povo, na rádio Recôncavo FM, promoveu, por telefone, um bate-papo entre o Sargento Vinícius, integrante da ASPRA (Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia) e o capitão Tadeu, deputado estadual. Após ouvir o Capitão dizer que está sendo um pacificador durante as negociações com o Governo do Estado, Vinícius afirmou que a direção do movimento grevista não o reconhece como um representante da classe nesse movimento. O sargento ainda disse que no dia em que a greve foi iniciada, em 31 de janeiro, no Ginásio dos bancários, em Salvador, foi feita uma comissão para representar a direção do movimento. “Agora, o que nós queremos é que o governador nos ouça, coisa que ele não está fazendo”, disse o sargento.

O deputado destacou que sabe dessa comissão que foi elaborada pelas lideranças, e que qualquer decisão só pode ser tomada após a assembleia dos policiais ser ouvida. “O controle da situação está com os líderes grevistas”.

Vinicius afirmou que, apesar das divergências entre com o deputado, ele merece os parabéns por sua atitude diante da greve. O deputado, porém, disse que nunca ocorreram divergências, e sim, boatos que se espalham e acabam distorcendo os fatos. “Minha postura sempre foi essa, a de lutar pelos direitos dos policiais. Foi assim na greve de 2001, de 1992 e no movimento Polícia Legal, quando eu fui traído pelo Major Silvio Correia. Nesse dia, eu até tive um infarto. Os boatos acontecem e, às vezes, as pessoas têm uma imagem errada sobre mim”, comentou.

O deputado ainda disse mais: “estou sendo criticado pelo Governo por estar apoiando a reivindicação dos policiais. O governador mandou que os deputados se afastassem desse problema. Eu mandei dizer ao governador que eu não sou boneco, para me afastar e ficar calado. Eu sou deputado, me respeito e estou aqui para lutar pelo que é justo na sociedade”, ressaltou.

Com relação à duração dessa greve, Capitão Tadeu disse que só depende do nível de comprometimento e da rapidez do Governo em dar uma solução.

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